Estou aqui... na madrugada, vendo o dia nascer, de plantão, acompanhando uma implantação de sistema. A espera é cruel, mas enquanto isso aproveito para escrever um post... "Fazer do limão, uma limonada", como diz uma amiga.
Criar um filho é uma missão, linda, emocionante, desafiante, algumas vezes difícil, outras fácil. Em alguns momentos nos sentimos no paraíso, em outros em uma montanha russa de emoções, subimos pela rampa da ansiedade, despencamos na descida da culpa, fazemos loops de alegria.
Para ter serenidade para tudo isso é essencial ter paciência... mas diga-se claramente, muiiiita paciência. Claro que, em certos momentos, ela acaba e você tem um crise, um descontrole, mas se você consegue manter a calma e a paciência em 90% do tempo está ótimo. Até porque é preciso descontrolar algumas vezes, soltar os bichos, para manter um certo equilíbrio.
Nos últimos 3 meses tivemos que ter muita paciência aqui em casa, pois a Luíza passou por uma fase difícil. E se foi difícil para ela, para nós também. Nossa ela andava muito dengosa, birrenta, chorava e chorava. Coisas que eram tranquilas começaram a virar caso de birra, pois comer ela queria comer sozinha, no banho não queria mais lavar o cabelo, na troca da fralda não queria ficar deitada, na hora do sono não queria dormir.
A babá tinha ido embora, ela começado a ir na escolinha, tudo junto com a fase em que precisávamos impor mais claramente alguns limites. Tadinha, deve ter sido complicado e confuso para ela, muito mais do que foi para nós. Mas persistimos e esse mês dia-a-dia tudo está se acomodando e ela tem estado bem mais tranquila e amável, uma fooooofa...
... hoje ela come (quase) sozinha, mas aceita nossa ajuda.
... o banho voltou a ser uma festa, adora dar uma corrida pelada pela casa antes de entrar na banheira e já está quase entendendo que se deitar a cabecinha fica mais fácil de lavar o cabelinho (adora a espuminha que tiro da cabeça e coloca na mãozinha dela)
... na troca da fralda continhua querendo fica em pé no trocador (muito normal nesta idade), mas sem ciliques e ponta-pés. Quando a coloco deitada ela levanta as pernas, coloca as mãozinhas no meio delas e fica me dando oi, fazendo piadinha, pode?!?
... na hora de dormir, colocamos uma musiquinha suave, ela se aconchega no colo e, na maioria das vezes, dorme bem facinho.
... os brinquedos começam a interessar mais, os DVDs também - adora um dos bichos, da série Bebê Mais, é uma boa dica ;)
... e a despedida na escolinha está um amor, ganho beijinho e ela vai faceirinha brincar com os amigos. (UFA! Já estava quase desistindo.)
Aliás, ter persistência também é muito importante, porque você tem que manter a palavra. Se disse que não é para pegar os CDs, é não hoje, amanhã, depois de amanhã, e não por muitos dias, até que eles aceitem aquele não.
Chiliques e birras ela ainda tem e sabemos que teremos muitos pela frente, mas essas pequenas grandes conquistas nos trazem a certeza que estamos no caminho certo.
quarta-feira, outubro 25, 2006
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2 comentários:
ai esses encontros virtuais são tão bons para mim. Eu consigo visualizar que também estamos no caminho certo, que apesar das inumeras birras um dia a coisa melhora. Dá muita insegurança criar um filho, a gente fica pensando se tomou realmente a decisão certa. Você viu o meu texto sobre a escolinha né! E lendo seu post hoje, vi que idependente do momento que ela esta vivendo na escolinha a Luiza está tendo o mesmo, identico ao da Melissa então na verdade é só uma fase mesmo. ai que bom
Obrigada esse seu texto me ajudou mesmo
Ai, Silvia, eu me vi no seu post! Realmente criar filho é uma novidade atrás da outra, não existe padrão, não existe repetições, as coisas vão e voltam e vão novamente! Uma loucura, né? Mas acho que isso nos ensina a ser mais flexíveis e menos previsíveis. A coisa mais imprevisível, aliás, nessa vida é uma criança, né? bjs!!
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