sábado, dezembro 31, 2005

E lá se vai O ano de 2005

O ano de 2005, com toda a certeza, vai ser o ano mais marcante da minha vida. As coisas que vivi jamais serão apagadas da minha memória, mesmo que se passem mil anos.
Foi o ano em que me tornei mãe, que senti as maiores emoções da minha vida, em que compreendi muitas coisas do relacionamento entre pais e filhos, ano em que passei para o outro lado, o lado dos pais.
Foi o ano em que me senti fragilizada perante a responsabilidade de ser responsável por outra vida, por gerar e manter.
Foi o ano em que eu e meu amor geramos outra vida e nos tornamos uma família.
Agora ele se vai e dá espaço para 2006!
Novas promessas, novas expectativas, mas para mim basta que 2006 me traga um pouco da felicidade que tive em 2005.
Já tenho várias promessar o ano que chega, algumas novas, outras que migraram de 2005, faz parte do momento... refletir, prometer, comemorar, entrar no novo ano com o espírito renovado, acreditando que aquele segundo que separa um ano do outro faz toda a diferença.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Dúvidas

Hoje a babá da Luíza não veio, passou mal durante a noite.
Bom por um lado, passei o dia com minha filhinha amada, ruim por outro, se já estava com trabalho atrasado, agora estou mais ainda. Entre uma soneca e outra dela consegui trabalhar um pouco em casa e mais um pouquinho agora a noite, mas ficar em casa hoje me fez pensar várias coisas e acabei o dia com muitas dúvidas.
Se eu pudesse trabalhar sempre em casa ou trabalhar meio turno, poderia curtir ela muiiiito mais. Só quando fico com mais tempo com ela é que percebo quanto tempo não fico. Então fiquei me perguntando: "Até que ponto vale tabalharmos tanto e abdicarmos de momentos tão preciosos?"
Aí fiquei pensando: "Mas e se decidisse hoje mudar isso, eu poderia?" Acabamos assumindo certos compromissos que nos impedem de voltar atrás, optar por um modo de vida mais simples. Novamente: "Será?"
E para completar, no final do dia liguei para a babá para saber como ela estava e se ela teria condições de vir no outro dia. Hummm... ouvi uma história, que mais me pareceu uma estória.
Ficamos eu e meu marido com a pulga atrás da orelha, pensando: "Será?"
Mas ao menos terminei o dia com uma certeza, amanhã quando voltar do trabalho terei uma conversa séria e franca com ela.
Detesto que me enrolem, detesto mentira. Já chega o tanto que existe no mundo ali fora, na minha casa não!

quarta-feira, novembro 23, 2005

Tempo implacável

Sábado Luíza fez seis meses. SEIS MESES!!! Será que vai ser sempre assim, um piscar de olhos passaram seis meses, em outro ela estará fazendo um ano e depois dois e três, e amanhã estou uma coroa e ela uma adulta?Bem, se não temos como impedir o tempo de voar, o negócio é curtir ao máximo o que temos.
Tenho curtido muito o meu tempo com a Luíza, durante a semana é curtinho, mas nos finais de semana tento tirar os atrasos. Claro que não monopolizo, apesar de muitas vezes querer ela só para mim.
E que idade mais encantadora essa, a cada dia há um progresso, uma coisinha nova. Agora Luíza já fica um tempão sentada, claro que não dá para colocar no chão ainda, faz um barulhinho com a boca que parece um beijinho, grita, faz denguinho, os dentinhos estão saindo, passa a mão na gente como se fosse fazer um carinho, abre a boca para receber as colheradas de papinha, tantas coisas, muita, mas muita alegria.
Hoje me sinto no auge da maternidade. O início foi um pouco assustador, tantas mudanças ao mesmo tempo, tantos medos a vencer, a insegurança de ser uma boa mãe, a dificuldade com a amamentação. Mas o tempo foi passando, a segurança foi aumentando e o amor... bem esse, só faz crescer mais e mais e mais e mais!

terça-feira, novembro 15, 2005

Contabilidade do amor

Às vezes acho que o ser humano tem uma certa tendência a fazer contabilidade do amor, como se fosse possível chegar ao final da vida com este balanço fechado.
Com isso em mente, perdem-se oportunidades de aprofundar relacionamentos, ganhar novas amizades, conhecer melhor as pessoas que convivem conosco.
Tudo seria bem mais fácil se não ficássemos contabilizando e ligássemos para as pessoas quando nos desse vontade e não apenas se a última vez foi a ela(e) quem ligou, dizer que ama quando o coração pede e não apenas em resposta a um "Eu te amo", ajudar se foi ajudado, responder a um sorriso com outro sorriso, dizer obrigada, mandar um email e não apenas responder os que recebe. Enfim, abrir o coração, sem medo de não receber a volta.
Este tem sido o meu lema nos últimos tempos, manter com muito carinho os laços que conquistei e buscar novos.
Quero que a Luíza cresça com esse sentimento, porque amor foi feito para dar e não contabilizar.

quinta-feira, novembro 10, 2005

Que semana...

Quinta-feira passada comecei a sentir umas dores no corpo, primeiro achei que seria uma gripe, mas como nunca (é verdade) tenho gripe, não era. Então achei que seria uma crise de rinite, que depois de muito tempo sem incomodar talvez resolvesse aparecer, até anotei no palm para voltar a minha homeopata, mas também não era.
No final da sexta-feira meu nariz começou a doer, parecia que tinha levado um soco. No sábado não aguentei e fui ao pronto-socorro, a otorrina de plantão não me disse nada conclusivo, mas me deu um monte de remédio, que comprei e comecei a tomar.
Na segunda-feira estava tudo pior, o nariz estava tão dolorido que a cabeça entrou na onda, graças a Deus consegui consultar com um médica, novos remédios (mais gasto fora do orçamento) e hoje já estou melhorzinha.
Mas a piada disso tudo é o que eu tenho no nariz... nem imaginam... celulite, pode?!?! Já não basta as que tenho no bumbum? ehehe
Assim comecei esta semana, com muitas dores. A noite quando cheguei em casa, por conta da dor, estava um pouco sem paciência e a Luíza estava um pouco irritada, então quando percebi que iria percer a pouca paciência que tinha entreguei ela ao pai. É a melhor coisa a fazer, quando estamos no limite, deixar com eles e tentar relaxar.
Mas aí, a danadinha resolveu dormir às 08:00 e acordar às 10:30 cheia da energia. Demos o mamazinho, que deixou a menina mais esperta ainda, embala daqui, embala dali e nada, aí papai assumiu o comando, foi assistir a entrevista do Lula na sala com ela e eu capotei na cama.
No dia seguinte, ela dormiu no horário dela, mas qdo fui dar o mamazinho das 11:30, pronto a danadinha acordou novamente, mais bailinho com direito a cocô. Resumo da ópera e cena da semana... eram 01:30, estávamos nós deitados na nossa cama com a princesa no meio, olhei para ela e disse: "Fofinha, agora é hora de nanar. Amanhã papai e mamãe trabalham, então vamos todos nanar." Apaguei a luz e ela começou a fazer um barrulhinho com a boca igualzinho ao burrinho do Shrek 2. Não teve como aguentar, caímos os dois na gargalhada.

segunda-feira, outubro 31, 2005

Meu guarda-roupa encolheu :-(

Antes de engravidar da Luíza, não era nenhuma miss, mas havia encontrado o equilíbrio entre meu peso sonhado e meu peso possível, pois sempre fui do tipo baixinha e gordinha.
Então, ao final de um projeto onde quase pirei de tanto stress, estava uns 3 Kg acima do meu peso. No último mês do projeto, parei de tomar o anticoncepcional e deixamos rolar, pois todo mundo dizia que demoraria uns 6 meses para eu engravidar.
Acabado o projeto, fiquei um mês no Brasil e depois fui para Portugal, implantar um sistema. Um mês viajando, sabem como é... café da manhã cheio de coisinhas deliciosas no hotel, comidas diferentes que queremos provar, nesta brincadeira foram mais 2 kg.
Então, quando me descobri grávida, já estava 5 Kg acima do meu peso e estava com apenas 2 meses de gravidez.
Na gravidez me cuidei bastante, mas mesmo assim engordei 15 Kg. Já perdi 10, mas ainda restam 10 para voltar ao meu peso possível, sim porque a estas alturas já desisti de ter meu peso sonhado J
O resultado disso tudo é que meu guarda-roupa está reduzido a 10%. Tudo fica super apertado, justo demais. E sabe como é, se aperta aqui, salta ali. Então tenho agradecido a Deus que as batinhas continuam na moda, assim uso as que comprei para a gravidez. Também reformei duas calças da gravidez e vou tocando a vida, mas todo dia quando abro o guarda-roupa para me vestir para o trabalho penso: “Será que voltarei a usar estas roupas?”
Tenho medo de nunca mais perder estes kilos... toda semana começo a fazer regime. Mas quando chega o final de semana, a coisa toda desanda... tem um diabinho na minha cabeça que vive me tirando da linha. Este final de semana foi terrível, aí que culpa hoje!
Mas vamos lá, tentar de novo, hoje estou começando o regime, novamente, será que vai?

sexta-feira, outubro 07, 2005

Duas semanas já se passaram

Comecei este blog e depois fiquei em dúvida se daria continuidade a ele... Estava em fase de adapatação a nova rotina e dedicada a deixar o blog da filhota mais bonitinho.
Mas hoje, de repente, me deu uma vontade de escrever um pouco sobre mim, então voltei ao meu blog.
Bem, já fazem um pouco mais de duas semanas que voltei a trabalhar e, analisando a situação com carinho, não foi tão horrível como imaginei. Como comentei com os colegas de trabalho, o coração estava apertado, porque queremos sempre estar perto de nosso amados bebês, mas a mente já estava inquieta.
Claro que, workaholic como sempre fui, tentei ler alguns livros relacionados ao meu trabalho durante os 4 meses que fiquei em casa, mas entre ler um livro técnico e afofar minha linda e fofa filha, advinhem o que eu fazia? :-) Resultado? Devo ter lido meio capítulo do livro :-)
Muitas coisas mudam para melhor na vida da gente depois que temos filhos, uma delas foi essa coisa de ser wokaholic... Antes da Luíza nascer, e digo isso porque na gestação me controlei, mas não muito, trabalhava horrores. Tinha hora para chegar ao trabalho, mas nunca para sair. O meu marido detestava, pois como compartilhamos o carro, ficava sempre me esperando, muitas vezes ia para casa by bus. Sem contar as inúmeras vezes em que levava trabalho para casa e ficava até a madrugada no note trabalhando... Tadinho do meu amor!
Mas hoje, vivo na era DL (Depois da Luíza), tenho hora para chegar, mas também para sair. Trabalho para casa... por enquanto nem pensar. Até quando vai ser assim? Espero que na maior parte do tempo, claro que vão haver momentos de mais pique, mas não quero voltar a ser como era antes, na era AL. Já sacrifiquei demais minha vida pessoal em função do trabalho. Só espero que o maridão fique contente com esta minha nova resolução, talvez ele pense que eu podia ter feito isso só por ele, mas hoje faço isso por nós, pela família linda que nos tornamos!

Bem, a parte mais difícil de voltar a trabalhar foi aceitar que durante toda a semana eu ficaria pouquinho tempo com a Luíza, que outra pessoa cuidaria dela e que sobraria para mim umas poucas horas do dia :-(. Que ciúmes da babá!!! Pensava, e não deixo de achar, que é injusto o tempo com a gente ser tão curto. Morria de medo que ela se desligasse de mim... o pediatra disse que isso é impossível, pois os laços são muito fortes, mas na mente da gente mora um anjo e um demônio... E o demônio, vez por outra, me atormenta... Se chego em casa e ela não olha muito para mim e fica rindo mais para o pai dela e para a babá, pronto, já acho que ela gosta mais de todo mundo que de mim... que nóia... tem sido menos a cada dia, ainda bem!!!

Também me preocupava muito com a adaptação dela a nossa nova rotina, mas como tudo com a Luíza (exceto o refluxo) é tranquilo, essa transição também foi. O que nos tranquiliza é encontrá-la tranquila quando chego em casa, sinal de que a babá está cuidando bem dela.

Ah! Hoje é um dia muito especial... neste mesmo dia do ano passado, vimos e ouvimos pela primeira vez o coração da nossa princesa. Depois desta eco e até a próxima, ela era nosso feijãozinho. Sim pq o papai a cada eco achava um apelido para ela, que fase boa!!!

Ainda sinto saudades do barrigão! Com ele a Luíza estava sempre junto de mim :-)))

quarta-feira, setembro 21, 2005

Voltando ao trabalho...

Essa frase é muito batida, mas nada descreve melhor o dia de hoje para mim do que... "É incrível como o tempo passa!"

Há um ano atrás eu estava em Gaia, Portugal, trabalhando como uma alucinada, apenas com a desconfiança de que estava grávida.
Hoje, um ano depois, estou na minha mesa, tentando trabalhar, com o coração apertado, morrendo de saudades, ligando a toda hora para a babá para saber como minha filhinha, amada e linda, está passando sem mim. Claro que ela está passando bem, pois como disse o pediatra, quem mais sofre neste momento é a mãe... então vamos ao lá.

Quando ela, a Luíza, nasceu, no dia 19/05/2005, já pensava (e sofria) com a chegada deste dia. Sim, pq o amor que nasce com um filho é inexplicável. Mas naquela época pensava: "Faltam 4 meses". Depois de algum tempo pensava novamente "Faltam x meses", até que um dia os meses passaram a ser semanas e de repente dias.

É engraçado, pois desde que fiquei grávida queria ter começado a escrever um blog de toda a gravidez, mas são tantas coisas a fazer que acabou ficando em segundo plano e não saiu. Mas agora, de repente, me deu uma vontade de escrever o que estou sentindo. Quero, aos pouquinhos, registrar o hoje e o ontem.

A Luíza tem seu blog (http://luizasc.com.br), que mantemos sempre atualizado. Acho isso fantástico, pois não vai importar qto tempo se passar e sempre teremos o registro de quando cada evento especial aconteceu com ela, é uma lembrança para ela e para nós :-)